Há muitas perdas quando se termina algo que não se queria ter
terminado: muda-se a auto-imagem, alegrias ficam suspensas,
sonhos desaparecem por um tempo e nenhuma cor na paisagem.
O cotidiano fica obscurecido por aquela lacuna aberta no
meio do que era a parte mais interessante dos dias.
Com o tempo, você analisa que abrir mão de algo muito importante, só se faz quando se tem um motivo maior
que esse algo: seja um propósito, uma crença, um valor íntimo,
uma obstinação qualquer que te oriente para essa escolha que já
se sabia tão dolorosa. É um sacrifico voluntário por algo mais
pleno, mais grandioso em Beleza. E, nestas análises, você descobre
outras perdas que são positivas: perde-se também a ansiedade,
a insegurança e a ilusão. E você aprende a recomeçar agradecendo
por vitórias tão pequenininhas...
Como quando é noite e antes de dormir você se enche de gratidão:
“Deus, obrigada, porque é noite e eu tenho o sono... Que venha um sonho novo, então.”
(Marla de Queiroz)
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